O tráfico de drogas no Brasil é um problema gigantesco que movimenta uma quantia impressionante da economia nacional. Estima-se que as facções criminosas estejam gerando o equivalente a 3% do PIB do país. Somente com a exportação de cocaína, essas atividades ilícitas podem faturar mais de US$ 65 bilhões anualmente para os dois maiores grupos criminosos do Brasil.
As atividades do crime organizado
Existem 72 facções criminosas no país que estão diretamente envolvidas no tráfico. Esses grupos não apenas controlam o comércio de drogas, mas também estão envolvidos na distribuição de cigarros, ouro, diamantes, defensivos agrícolas, armas e madeira. A complexidade e o alcance dessas operações são tão vastos que o tema foi destaque na capa da The Economist, uma das mais respeitadas publicações de negócios do mundo.
A revista descreveu o PCC, a maior facção criminosa do Brasil, como uma "máfia com ligações em toda a Europa." Atualmente, o PCC conta com mais de 1.000 membros em Portugal e está presente em outros seis países europeus, incluindo o Reino Unido. A facção compra cocaína na Bolívia a um preço de atacado de US$ 1.500 por quilo e, através dos portos brasileiros, envia a droga para a Europa, onde pode ser vendida por até US$ 30 mil por quilo.
Além de operar livremente no comércio internacional de drogas, essas facções têm se infiltrado no setor público. Investigações revelaram contratos milionários do PCC com empresas de ônibus em pelo menos três cidades de São Paulo, indicando uma preocupante ligação entre o crime organizado e autoridades governamentais.
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