Em uma reviravolta significativa, Rodrigo Pacheco devolveu ao governo a polêmica "MP do Fim do Mundo", que previa um aumento nos impostos. Esta medida, se aprovada, impediria que as empresas utilizassem os créditos de PIS e Cofins para abater outros tributos, resultando em uma arrecadação adicional de R$ 29 bilhões para o governo neste ano.
A proposta gerou um intenso debate, pois o aumento das despesas para as empresas inevitavelmente significaria preços mais altos para os consumidores. Produtos essenciais como alimentos, bebidas, remédios e combustíveis veriam seus preços subir, com um impacto estimado de R$ 61 bilhões no próximo ano.
Durante a única semana em que a medida esteve em vigor, as distribuidoras já anunciaram aumentos de quase 10% nos preços do diesel e da gasolina, causando preocupação entre consumidores e empresários.
A reação foi rápida e contundente. Deputados e senadores de diferentes espectros políticos se uniram às maiores entidades empresariais do país para se opor à medida. A pressão foi suficiente para que Pacheco devolvesse a MP, essencialmente anulando seus efeitos.
Com a arrecadação adicional fora de questão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está preparando um conjunto de opções de cortes de gastos para apresentar ao presidente Lula. O foco principal é desvincular o salário mínimo dos benefícios sociais, como a previdência. Essa mudança evitaria que o aumento do salário mínimo causasse um efeito dominó nas outras despesas governamentais.
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